segunda-feira, 11 de junho de 2012

Dig In

Olá novamente, pessoal. Aqui novamente para (tentar) retomar a linha de pensamento congelada no último post.

Como dizia eu, isso leva à... padronização de manifestações de sentimentos, de condutas. As pessoas começaram a deixar de expressar o que pensam com as próprias palavras, mas, sim, servindo-se de textos tidos como verdadeiras lições de vida, de moral, de esperteza (e que, perdoem-me, estão quase sempre muitíssimo longe de sê-lo).

Em termos diversos, existe, hoje, uma uniformização do "raciocínio": fórmulas prontas que, muitas vezes, acabam alienando os seus portadores. Traduzem-se, muitas vezes, em formulações simplicíssimas de frases de efeito sobre temas que provocam paixão, e que terminam por serem ecoadas pelos quatro cantos da internet. Exemplos: corrupção, religião, relacionamentos (incluindo caráter, traição, rejeição, etc.).

Daí caímos na velha máxima: as pessoas querem se fazer diferentes e, ao final, se tornam iguais. Óbvio: utilizam-se dos mesmos expedientes para manifestar opiniões semelhantes. Tome-se como exemplo o Facebook: quantas pessoas você conhece que manifestam-se acerca de um assunto de forma coerente e, acima de tudo, PRÓPRIA?

Assim, estamos fadados à imersão num oceano de modelos prontos, de ações globalizadas, de pensamento conforme. Até quando?


Causos do Transporte Coletivo

I

Dia 31/05, Term. Cabral, 13:16h. Ia a tarde tranquila quando, de repente, observo uma menina meio que rebolando no ponto do Cabral/Osório. Faceira, fones no ouvido, ia lá dançando e, a certa altura, começou realmente a sapatear no ponto. Mandei pro meu colega o seguinte SMS:

"Tem uma menina sapateando no ponto do Quebraozóio. Parece o Happy Feet."

Ao que ele respondeu:

"Nessas horas é que as câmeras da Socicam tinham que estar funcionando!"

 II

07/08/2011. Enquanto trabalhava, não lembro onde (se não me engano, no Sta. Cândida), chegou-me, de outro colega meu, a seguinte mensagem, às 14:17h:

"Me diz uma coisa, onde pega o ônibus Weisócrates?"

Deve ter alguém tomando cicuta em Weissópolis.

III

16/08/2011. Recebo outra mensagem de um colega, dessa vez perguntando:

"Pç. do Expediário, conhece?"

Conheço, mistura de expedição com estagiário. Uma homenagem aos primeiros carregadores de malas - como essa que perguntou.

IV

Dia 16/01/2012. Se não me engano, eu estava laborando no Term. Cabral, de novo. Meu colega manda uma sequência de mensagens espetacular, pouco depois das 13:00h:

"Já viu motorista ficar preso na porta do próprio ônibus? Acabei de ver... Deus castiga mesmo."

Ao que eu perguntei o que havia acontecido. Veio o seguinte:

"Sei lá o que que o animal queria fazer, mas prendeu a mão pra fora da porta do bi, e não alcançava o botão para abrir a porta. Ficou um tempo parado até eu e o porteiro percebermos."

Já perguntei quem era, ele me enviou:

"BD129, um gordinho... tinha que ser."

Gordinho, magrinho, sei lá... sei que até agora estou tentando imaginar como o animal conseguiu essa façanha. Nem se fizesse de propósito conseguiria!

V

No dia posterior, mesmo posto, esse mesmo amigo me narra uma outra história, às 13:42h:

"Motorista: - Posso pegar água?
Fiscalzinho: - Não tem copo aqui.

*Motorista olha para os lados*

- Ah!

*Pega a garrafa de água do fiscalzinho*

- Resolvido o problema!

Não sei se é pior pegar a garrafa ou me devolver achando que vou usar ainda..."

Pra que complicar, né?

VI

Nesse mesmo dia (17/01), ainda no falido Sta. Cândida, aconteceu que...

"Não bastando, veio uma usuária:

- Que horas são?
- 13:35h
- Sacanagem! O Califórnia saiu exatamente no horário!

Nem era uma "véia" do capeta..."

Assim como o eremita no deserto, o fiscal no Term. Sta. Cândida é constantemente testado pelo... "tebra".

VII

Mais uma mensagem... dia 17/02/2012, me parece que foi às 12:40h, no Term. Cabral:

"Essa é boa:

- Como é que eu faço pra pegar um ônibus aqui pra fazer coligação na Rui Barbosa?"

Desce lá perto com o Colombo/CIC, se coliga com o PT e vai fazer parte do mensalão, sua anta!


Poema do dia:


Can You See The Signs?

Night and day, so they say
For me, it's the same
The blue skies hide the stars
For me, it's not a shame

Cos every thing will come
At the right time to show

So, can you see the signs?
They are like a map
Where we must find
The kingdom where we reign
And, also, vassals
Only you and I

Day and night, is it right
If we blend the halves?
The bug sun burns the eyes
That try to see so far

Cos any thing will show
At the right time to come

Cristiano Tulio - 08/05/2012